sexta-feira, 5 de julho de 2013

PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS DE VYGOTSKY E AS BORBOLETAS DE ZAGORSKI


É bom frisar que, aqui no Brasil, também existe a preocupação com os alunos da Educação Especial, sentimos que os princípios educacionais de Vygotsky estão esquecidos ou melhor, não sei se foram esquecidos ou se nem mesmo chegaram até o ensino especial, mesmo sendo uma esperança da qualidade no ensino das pessoas com deficiência. Se compreendermos o que Vygotsky nos propõe como uma educação social, dando espaço para o ensino, para a mediação do professor junto à zona do desenvolvimento próximo de seu aluno, podemos ajudar a pessoa com deficiência em sua história cultural para que a mesma possa avançar sobre os limites e estabelecer diferentes possibilidades para suas funções psicológicas superiores. Devemos entender o Homem como sujeito em desenvolvimento, alguém que nunca está acabado, pronto e, por não possuir todas as experiências, estar sempre em processo para transformar, internalizar conhecimentos por meio da mediação social, das trocas com o outro mais experiente. O dia em que isso for possível, o homem não precisará mais inventar paradigmas para a educação especial, sejam eles no sentido de exclusão, terá atingido o seu verdadeiro sentido “a educação necessária ao atendimento da pessoa com deficiência.



É necessário conhecer Vygotsky, estudar exaustivamente seu pensamento, quando se discute as questões da educação inclusiva, simplesmente porque talvez ele tenha sido o primeiro pensador cujas ideias abordaram conceitos centrais do projeto de inclusão escolar. Para isto, basta ler e analisar o capítulo terceiro (“Acerca da psicologia e da pedagogia das deficiências infantis”), da primeira parte das Obras Escolhidas de Vygotsky, Volume V, “Fundamentos de Defectologia” (1997). Este texto constitui provavelmente a mais eloquente defesa da não segregação escolar de alunos com deficiência.

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